Dois belos poemas que encontrei no livro de Roberta Teperino Gomes, de Lagoa da Prata:
Frasco Sem Tampa
Seu jeito irreverente,
persistente em ser gigante
quando ainda é formiga...
de derramar-se livremente
como frasco sem tampa
em mãos desatentas...
de pisar fundo na poça
com vontade de experiência...
encoraja-me a pesquisar
o que há dentro de pessoas tristonhas...
Despertar
Acorrenta-me
os punhos
e obriga-me ao cálice
da verdade.
Quem sabe assim,
o verso triste
não doa tanto em mim.