6 de nov. de 2006

Dentro e Fora

Dentro e Fora
Me enrolo no lençol
olho a janela
imagino o que há
lá fora
Me achego,
me debruço nela
observo a rua
a vegetação
o movimento
Passa um motoqueiro
sem capacete
—que irresponsável!—
Seu olhar se dirige
à janela
imagina o que há
aqui dentro
e segue sem saber

Favela

Favela
Casebres
sobem o morro
Caminhos
o morro descem
Embaixo
o lago os reflete

Paisagem

Paisagem

o sol
atrás da montanha
a montanha
atrás do lago
e gente
por todo lado

Janelas online

Janelas online

Abro a janela
As mensagens me esperam
convidam-me a ler
refletir
conhecer
aceitar nova adesão
cirandar nova canção
descobrir no mundo virtual
a solidariedade
a amizade
basta abrir o coração
e as janelas on line

da janela



Quando se acorda cedo


nesses tempos de inverno


pode-se alcançar o despertar do dia


É tímido o sol, não urge


chega mais tarde


porém quando surge


atrás da Serra do Curral


há uma explosão de luz


cobre serra, prédios, vegetação


se descerra em manto


se conduz sobre os bairros


gera luz e sombra


forma um quadro móvel


natural obra de arte


que se vê em todo alvorecer


da janela

Desperta

Desperta
te vejo horizonte
da minha janela
o centro e a serra
espalhando luz
sobre prédios
e plantas
prateando, na cidade,
reflexo do orvalho
amanhece dia
ar puro
na brisa chegando
é belo